Visualizações de páginas da semana passada

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Só por hoje...

Vamos lá!! Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida! Ah.. eu já falei isso antes né? Mas agora estou decidida a fazer dar certo. Estou confiante, cheias de metas pessoais e convicta de que depende apenas de mim. Chega de colocar a culpa nos outros. Hoje vou levar a dieta a sério e vou conseguir emagrecer. Tenho sentido necessidade de fazer algo por mim! Estou muito envolvida com afazeres domésticos, cuidar de casa, filhos, maridos... nossa!  Tem hora que cansa viver só para os outros. Não posso esquecer que antes de ser mãe, esposa e dona de casa, sou MULHER. E vou resgatar minha auto estima custe o que custar.

Só por hoje vou fazer a dieta certinha sem escorregar.
Só por hoje vou ler um bom livro
Só por hoje vou ao cinema sozinha
Só por hoje vou ouvir BOB Marley no último volume (com fones de ouvido, claro)
Só por hoje vou  me exercitar o quanto eu tiver vontade... sem culpa
Só por hoje vou frequentar aulas de dança que eu curto muito e me deixa feliz.
Só por hoje vou cuidar de mim!!


Bom, é isso. Recomeçando a Dieta Dukan. A Dieta que mudou minha vida!!! 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Recomeçando...


Então… aqui estou eu novamente. Resolvi reativar o meu blog com um motivo especial: mostrar meu desempenho numa “nova”dieta.
Como todos sabem, eu vivo em dietas. Desde que me entendo por gente eu sempre quis emagrecer. Como sempre fui “maior”que minhas amigas, eu sempre quis vestir um numero menor porque todas trocavam roupas e eu nunca podia usar a delas porque não cabia. NUNCA vesti 38 (eu acho). Quando minhas amigas vestiam 38 eu já vestia 40. E isso a partir dos 13 anos, então sempre me senti gorda, embora hoje, olhando para trás eu vejo que eu tinha um corpo ótimo, mas ninguém nunca está satisfeito não é?  Diante disso minha saga em perder quilos me fez seguir várias dietas:  dietas com nutricionistas, dieta da sopa, south beach, atkins, vegetariana, do hospital do coração, dieta com shakes herbalife e outros shakes de farmacia, dieta higienista, dieta dos 13 dias, do limão, dos congelados e só no Vigilantes do Peso eu entrei 4 vezes. Sem contar as simpatias!  E teve também a minha ida ao SPA Maria Bonita, citado aqui no blog, onde fiz um retiro espiritual forçado e, durante algum tempo, consegui seguir a dieta deles.
Para minha infelicidade também já fui iludida por vários médicos que me prometiam o mundo se eu tomasse “certos”remédios. Tomei sibutramina, anfepramona, fenproporex, dietilpropiona, diazepan, fluoxetina, xenical... e muitos remédio ditos “naturais”. Gastei muito dinheiro com consultas caríssimas em médicos renomados, tentei medicina ortomolecular, florais de bach, homeopatia... ufa!! Isso tudo sem falar nas academias. Já malhei em umas 20 academias diferentes na minha vida. Fiz várias modalidades como musculação, natação, box, jump, hidrobike, dança, futebol, treino na areia, treinamento funcional e já tive 3 personal-trainers! E, claro, sempre fiz massagens. Todas as que apareciam na moda e também as que nunca saem de moda... ou seja, tentei absolutamente TUDO para emagrecer. No início eram 3 quilos que eu queria perder... depois viraram 6... 9... 12...  até que me vi, em Janeiro deste ano de 2013 com 93 quilos!!! 27 quilos acima do peso médio que devo ter para minha altura, que é de 66.
O mais engraçado de tudo é que, apesar de eu saber que estava mais gorda do que o normal, eu não me sentia feia. Claro, tinha um pouco de problema de auto estima sim,como toda mulher, mas era só eu entrar na minha loja preferida e encontrar roupas que me serviam que eu ficava feliz e radiante. Essa loja, que eu não vou dizer o nome, mas que eu amo de paixão, tem um truque (assim eu acho) para fazer as gordinhas se sentirem melhores. Não é uma loja de tamanhos grandes. Ela vende do 36 ao 46, mas a numeração é grande, ou seja, quem veste 40 normalmente lá usa o 38, quem veste 42 usa o 40... e assim por diante. Eu já estava vestino 46 bem apertado  lá, ou seja, 48 em outras raríssimas lojas que vão até essa numeração. Eu já era considerada Plus Size. Mas como essa loja que amo vende roupas super descoladas, lindas e caríssimas, eu me sentia linda com uma produção de lá. Além disso, mesmo gorda, eu nunca descuidei da minha imagem. Sempre fiz unha, depilação, escova, luzes... então eu me sentia bem e bonita com minhas roupas caras e “modernas”.  Mas minha maior inimiga eram as máquinas fotográficas...
Foi vendo as fotos da minha viagem de fim de ano para Gramado e Punta del Este que percebi o quanto eu estava enorme. Mesmo com os truques de tirar fotos apenas do rosto, uma hora ou outra eu tinha que tirar foto de corpo inteiro e era nessa hora que eu me via como os outros me viam: enorme!
Eu costumo dizer, com muita propriedade, que eu não engordei com tristeza. Cada quilo adquirido foi ás custas de muitas festas, comida farta, bebedeira, alegria... eu comia por prazer, para celebrar, festejar, reunir os amigos... cada sobremesa foi devorada com vontade de comer, saborear... cada prato foi preparado e degustado com amor e carinho. Eu AMO comer! Comer me faz feliz e TER o que comer, me faz mais feliz ainda. Eu nunca passei necessidade na vida, mas em alguns momentos passei privações, onde cada um tinha o seu pedaço de bife e não tinha direito a repetir. Isso me gerou uma necessidade de ver fartura e graças a Deus hoje eu posso ter uma geladeira cheia e uma mesa farta. Um dia, talvez eu faça um post para contar de onde eu acho que começou o meu relacionamento complicado com a comida. Mas os 27 quilos a mais, foram conquistados com alegria, como disse, e não com tristeza. Então, mesmo com todas as evidencias de que eu precisava emagrecer, eu me recusava a fazer uma dieta com privações e que me deixasse triste. Talvez o principal motivo de todas aquelas dietas que citei não terem dado certo, era o fato de que todas me deixavam infeliz. Não! Eu tinha que descobrir um jeito de emagrecer feliz! E foi pensando nisso que eu conheci, por acaso, a Dieta do Dr. Dukan.




Continua...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011

Retrospectiva 2011

Janeiro – Fui para o Spa Maria Bonita, emagreci  3 kilos, mas tive uma grande licão de vida. Fiquei ilhada naquele temporal de Friburgo, sem água, sem luz, sem telefone e sendo voluntária para os desabrigados. Vi muita dor, mas também muita solidariedade. Amadurecii 10 anos e conheci pessoas maravilhosas!!

Fevereiro – Concebi o Miguel

Março – Fiquei tristee enjoada  boa parte do tempo. Acho q eram os hormônios da gravidez falando mais alto.

Abril – Comecei a fazer a Oficina de Oração e Vida na Igreja da Paz em Fortaleza. Foram dias abençoados.

Maio – Vim para o Rio e reuni poucos amigos numa festinha para minha filha linda Laura.

Junho –  Descobri que o bebê era um MENINO!

Julho –  Um mês feliz pelo casamento da minha cunhada Luana, mas triste pois perdemos a Dona Maria, minha querida avó emprestada.

Agosto – Fiz um Curso de Terapia Muldimensional , o que abriu minha mente para maravilhosas informaçoes novas e reascendeu meu desejo de aprender mais e mais.

Setembro – Me despedi dos poucos, porém maravilhosos, amigos que fiz em Fortaleza e vim para o Rio me preparar para a chegada do Miguel.

Outubro – Nasceu o meu lindo bebê, Miguel. Um presente dos anjos.

Novembro – Decidimos que não continuaríamos no Ceará e começamos a mudança para o Rio.

Dezembro –  Continuo aprendendo, rezando, agradecendo e aguardando que o próximo ano seja ainda mais maravilhoso. 

Que venha 2012!!!

sábado, 9 de abril de 2011

Gravidez?!

           "Hoje decidi, após várias suspeitas, fazer o exame de farmácia para detectar uma possível gravidez. Diversos acontecimentos me fazem acreditar que posso estar grávida. Primeiro, o fato de eu não tomar remédio e não usar nenhum meio contraceptivo eficaz. 
         Especificamente neste mês de Setembro, me senti fértil. Percebi algo que há muito tempo não via: minha ovulação. Justamente do 14º dia após o último ciclo menstrual.... como estava de férias pude estar mais próxima do meu noivo, e algumas vezes nos descuidamos. O mais engraçado foram as brincadeiras que o Diego fez após uma dia destes. Ele dizia para os pais e para a avó que seria pai. Obviamente que acostumados com o habitual senso de humor do filho/neto, ninguém acreditou... nem eu!
            Comecei a desconfiar que algo estava errado quando ao caminhar na esteira do prédio de Camboinhas, me sentia mal.  Nada preocupante, mas estranho, pois eu já estava mantendo um forte ritmo de malhação na academia e não deveria sentir vertigens ao caminhar na esteira. 
            Um outro “sintoma”  ocorreu no aniversário do Kauan, meu afilhado com Diego. Todos sabem que eu não sou muito chegada em crianças. As acho lindas, fofas, quero ter 4 filhos, mas as crianças na maioria das vezes não simpatizam comigo, principalmente as meninas. Eis o motivo para eu sempre afirmar querer apenas filhos homens.
            Neste aniversário, uma menina, chamada Ana Clara, de 1 ano e meio, grudou em mim. Grudou mesmo, ao ponto de não querer ir com ninguém, nem com a avó. Eu adorei, mas a falta de costume me fez ficar com os braços doloridos ao segurá-la por muitos minutos seguidos. Quando eu tentava colocá-la no chão ela chorava. Não houve viva alma que a fizesse esquecer de mim por um só momento. Eu sentava, ela ficava no meu colo. Podia qualquer um oferecer brinquedos ou comida como chantagem, muitas vezes ela ia, pegava o que estava sendo oferecido e voltava para meu colo.
            Todos brincavam que estava chegando a hora de eu pensar em ter um bebê... não imaginavam que o milagre da concepção já tinha começado...
            Bom, o último indício de que este não era um mês comum, foi o fato de uma amiga de muito tempo, cujo contato perdemos há uns 2 anos, me mandou uma mensagem por e-mail perguntando se tudo estava bem, pq ela estava pensando em mim muitas vezes. Nossa! Fiquei assustada! E se eu fosse menos cética teria tido certeza absoluta de que minhas dúvidas eram realidade. A Michele sempre foi muito sensitiva. Isso mexeu muito comigo.
            Como não tomo remédio há algum tempo, não tenho o controle sobre a data da minhas menstruação, ao menos quando associo os fatos aos dias em que estive menstruada. E assim, fui olhar no calendário, onde anoto alguns afazeres diários, para relembrar o dia do último ciclo.
        Lembrei que no dia 26/08, um Sábado, fui ao cinema com minha amiga Vivian e antes passei no Supermercado Extra para comprar absorvente. Por ironia do destino, neste dia, entrei por engano na fila preferencial para gestantes. Vi um caixa vazio, e acreditando ser aquela para poucos volumes, me encaminhei para ele. A caixa, me avisou com polida educação que aquela era a fila exclusiva de idosos, mulheres com crianças de colo, e GESTANTES. Eu, imediatamente, para não perder a pose e pagar o mico de sair da fila, disse com convicção: - mas eu estou grávida!
A menina me lançou um olhar de incredulidade, mas não reclamou. Paguei e sai rapidamente. Detalhe: Para que uma “grávida” estaria comprando absorvente??!! Risos
         Continuando, vi no calendário que no dia 26 eu já estava menstruada, portanto, se hoje já é dia 28, minha menstruação está no mínimo 2 dias atrasada, coisa que jamais ocorreu.
            Na hora do almoço, eu costumo malhar. Antes de ir à academia, tomei coragem e fui até a farmácia. Pedi um teste de gravidez. Eu estava aflita e ansiosa. A menina perguntou se eu queria o mais barato, que seria testado com a primeira urina da manhã (ou seja, no dia seguuinte), ou o mais caro, que seria testado com a urina de qualquer hora. Respondi que queria o mais caro, pensando no fato de que não aguentaria aguardar mais tempo para ter certeza do que eu já desconfiava.
            Comprei, paguei e corri para o banheiro da academia. Cada segundo lendo as instruções de uso parecia uma hora... li, reli e finalmente comecei o teste. Tinha que ficar 5 segundos molhando a ponta do teste com a urina. Depois tampar, e aguardar a janelinha ficar azul (em caso positivo) ou branca (em caso negativo). Com menos de trinta segundos constatei a realidade, minha janelinha ficou muito azul. Mais azul impossível... não tenho mais dúvidas... eu estou grávida!"

Este texto foi escrito em 28/09/2006, e obviamente, foi escrito na gravidez da Laura. 

Achei engraçado reler e ver o quanto mudei nesses quase 5 anos. O que vocês acharam??


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida… de novo!

Hoje é um recomeço! Eu estou acostumada a recomeços, principalmente no quesito DIETA.  Sempre que começo uma dieta, falo pra mim mesma: esse é o primeiro dia do resto da minha vida. E eu faço planos, coloco metas, faço cálculos, planejo a próxima escapulida, sofro por saber que vou ter que me segurar, lamento por não poder comer alguma guloseima, fico com raiva se Diego comer na minha frente, imagino os prós e contras e, alguns dias depois , já desisti da dieta. É uma guerra!  Cada batalha, uma perda. Cada dieta, uma decepção.  É engraçado que a cada pseudo-dieta, eu engordo mais. Sabe porque? Dias antes de eu começar a tal dieta eu começo a me despedir da comida. Me dá vontade de comer as coisas mais improváveis do mundo gordo.  Tipo: tapioca com doce de leite, biscoito waffer com leite moça, sorvete de creme com ovo maltine, coxinha de galinha de festa de criança, empadão de camarão com palmito, x-tudo podrão, pipoca com manteiga... uiii. Isso tudo é o efeito da depressão que a dieta poderá me causar. Minha mente criativa e gorda imagina tudo o que eu poderia ter vontade de comer durante a dieta que eu nem iniciei. Nisso, eu já engordo alguns quilos. E o pior vem depois, porque eu só fico de dieta no máximo 4 dias (meu recorde) e aí a fome volta com tudo!!  Viro uma draga e como tudo o que vem pela frente!! Com prazer!!
Reparam a bola de neve?? Tô gorda, planejo a dieta, dá fome, como muito, faço a dieta, saio da dieta, como mais ainda, engordo, planejo a próxima dieta. Ahhhh!! Não aguento mais !!!
Por isso, hoje, somente hoje, resolvi ter testemunhas para não ter coragem de escapulir de novo. Resolvi não começar uma dieta e sim, aprender a comer. Vou seguir alguns princípios e mudar os hábitos para a vida toda. Ou seja, não preciso me preocupar em me despedir da comida, porque nesta minha nova vida vou poder comer de tudo, mas sabendo fazer as escolhas certas. No meu novo cardápio eu terei válvulas de escape. Uma opção para festas, cinema, shopping, clube... e isso diminui a minha ansiedade. Só de saber que posso ir ao cinema e comer algumas (poucas) castanhas ao invés da pipoca, já fiquei tranquila.  Pior seria ficar sem mastigar, o que com certeza me faria não prestar atenção ao filme. E odiar a pessoa ao lado com o barulho ensurdecedor de mastigar pipoca crocante. Bom, isso pode parecer loucura para alguns, mas já dei um passo significativo ao reconher meus pontos fracos. Pelo menos esses anos de dietas inacabadas deram algum resultado. 
Você acredita em mim? Acredita que desta vez será diferente?? Se não acredita o problema é seu! Eu resolvi acreditar em mim, para variar.  E sabem de uma coisa? Desde que saí do SPA já emagreci 6.200kg. Isso é ou não é motivador??  Talvez eu tenha finalmente encontrado o meu caminho...  e se não encontrei, sei que estou bem pertinho.
Um passo de cada vez, um dia de cada vez. Afinal, esse é o primeiro dia do resto da minha vida, de novo!!!



sábado, 29 de janeiro de 2011

O tempo não pára...

Hoje estou desanimada...

          É engraçado como meu humor muda rápido. Eu estava doida para chegar no Ceará. Fiz mil promessas de que esse ano tudo seria diferente, eu ia chegar e arrumar a casa, acordar cedo todos os dias para caminhar, fazer Yoga, comprar uma bicicleta, cuidar da dieta, emagrecer, sentar no chão para brincar com Laura todos os dias, encher a casa de flores,  fazer comida para Diego com o maior prazer e viver sorrindo. Isso tudo eram desejos sinceros do meu coração. Mas dois dias depois de chegar aqui... apareceu esse desânimo. Parece um torpor (estado de sensibilidade reduzida). Não sei explicar o motivo, mas eu costumo chamar de ressaca pós Rio. Voltar para a realidade não é fácil. Na casa da minha sogra eu não sou responsável por quase nada, a não ser por mim e pela minha filha, mesmo assim tem quem cozinhe, faça compras, arrume a casa, tome decisões importantes, chame o técnico para fazer reparos, pague as contas e até brinque com Laura pra mim. E quando volto me deparo com uma realidade dura: casa bagunçada, malas para desfazer, cheiro de gás (não consigo solucinar isso), brinquedos que comprei na Disney e não sei onde  colocar, a porta do armário que saiu do lugar, a sala que está precisando de uma pintura, a despensa e a geladeira completamente vazias, a NET cortada por falta de pagamento, um marido carente, uma filha levada e mimada (2 meses com avós) e ainda por cima: um gato!! Ahhhhh...
          Ainda tem gente que tem a cara de pau de dizer que Dona de Casa não faz nada. Tudo bem, eu tenho uma empregada. Mas a coitada fica de mãos atadas esperando a minha ordem ou ajuda para arrumar os armários. Coisa que só eu posso fazer. Bem que a minha sogra dizia (e ainda diz) que pra ter empregada tem que saber mandar. Será que eu sei?? Acho que não. Eu prefiro que a empregada sente e brinque com Laura enquanto eu faço o almoço, ou fico aqui na internet. E o tempo passa... tic tac, tic tac.
          Ah! Eu tb tinha prometido diminuir o tempo na internet... mas onde vou achar dicas de organização de casa, como poupar espaço, onde achar um pintor em Fortaleza, aula de Yoga, preço da bike, marceneiro, dicas da Super Nanny para criança  mimada, saber os perigos de gás vazando, aprender receitas e saber como criar um gato persa???

          Mais um dia passou... tic tac... o tempo não pára.

         E eu??   Parei?!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Minha mãe


              Minha mãe é uma figura. Quem conhece, sabe. Dentre todas a suas características engraçadas, a que acho mais curiosa é o fato de ela ser muito supersticiosa. E isso passou de geração em geração. A minha avó, mãe dela, era supersticiosa, ela consequentemente ficou assim, e de quebra eu passei a acreditar e fazer algumas superstições sem notar.
         Eu tenho uma teoria (infundada) para o fato de a minha mãe ser assim tão supersticiosa. Ela nasceu no dia 13 de agosto de 1951. Eu acreditava que esse dia poderia ter sido uma sexta-feira 13 de Agosto. O número 13 é um número considerado de azar (ops, minha mãe não gosta de falar essa palavra, tem que dizer falta de sorte). O mês de Agosto é o mês do desgosto e a sexta-feira 13 é internacionalmente conhecida como o dia da falta de sorte.  Aquele dia em que você tem que rezar para não cruzar com um gato preto e nem sonhar em passar debaixo de uma escada. Sem falar que se quebrar um espelho neste dia... ai ai ai...
         Consultando um site sobre “O dia da semana em que você nasceu”descobri que a minha mãe nasceu numa segunda-feira, então minha teoria está furada. Mas eu aposto que muitos dos aniversários dela caíram numa sexta-feira 13, o que também pode ter acarrretado esse transtorno psicológico de acreditar em tudo o que diz respeito a superstição.
        Eu confesso que já usei muito a fraqueza dela por superstições a meu favor. Por exemplo, tem uma que ela diz que se vc dormir sem beber água a alma pode sair do corpo a noite para buscar água e nunca mais conseguir voltar. Eu, é claro, não durmo sem beber 1 litro de água. E eu sempre usei isso para fazê-la buscar água pra mim antes de dormir. Tem outra que diz que não podemos guardar coisas velhas em casa porque a energia do passado fica presa e a vida não se renova. Já usei muito para fazê-la se livrar de coisas horrorosas que ela tem mania de guardar, como um porta-jóias em forma de coração de gesso pintado com “fru-fru” rosa choque do aniversário de 15 anos da minha vizinha, que já deve estar beirando os 40. Mas a superstição que eu mais adorava é a de que devemos arrumar a nossa cama assim que nós acordamos senão nosso anjo da guarda não desperta. Eu ia para o colégio sem fazer a cama e ela, coitada, com medo do meu anjinho não me acompanhar, arrumava pra mim.
        Outro dia minha sobrinha chamou uma moça aqui em casa para fazer drenagem linfática nela e ficou deitada em cima da mesa da sala esperando. A mesa da sala é uma mesa de estudos de madeira comprida com 6 cadeiras. Fica no tamanho ideal para não dar dor na coluna da moça da massagem. Quando a minha mãe chegou e viu aquela cena, arrancou a Júlia pelos cabelos de cima da mesa, pois quem deita em mesa, morre!
Por falar em morte, minha mãe não conta os mortos. Essa é a melhor! Quando acontece um acidente e morrem, por exemplo, 3 pessoas, ela fala: morreram 4 com o cachorro. É inevitável alguém perguntar: O cachorro também morreu??? E lá vai ela explicar a superstição: quem conta os mortos é o próximo a morrer. Isso me faz sempre pensar que os jornalistas vivem a beira da morte, porque sempre são eles a darem as notícias dos números de mortos num acidente. Agora imaginem o William Bonner falando:  Boa noite! Na última enchente em São paulo, morreram cinco com o cachorro.  Ou então: Morre ao 78 anos um grande escritor da nossa literatura. E também seu cachorro! Ia ser hilário!
          Outras superstições eu acho meio duvidosas. Acho que foi a minha avó quem inventou algumas para manter a ordem em casa com 4 filhos pequenos. São elas: a porta do armário aberta atrai defunto, chinelo virado pra baixo a mãe morre, e dormir com alguma peça de roupa ao contrário você nunca mais acorda. Inexplicavelmente eu sigo todas essas. Vou arriscar?
          Ah! Durante alguma tempestade minha mãe tira todos os eletrodomésticos da tomada, cobre todos os espelhos da casa com lençois e proibe a gente de pegar em coisas metálicas como garfo e faca. Ou seja: durante uma tempestade, a gente fica sem ver televisão, sem se arrumar, e ainda com fome porque aqui não tem garfo de plástico.
           E para terminar, preciso falar sobre a superstição mais estranha da minha mãe: quando alguém elogia muito o seu cabelo, unha, roupa ou qualquer coisa que vc tenha, para a pessoa não colocar quebrante (ou olho gordo) ela pensa bem forte na pessoa e fala baixinho: beija no cu dela, beija no cu dela, beija no cu dela... Essa nem Freud explica!!!